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Piauí

'Operação Jogo Sujo': influenciador é suspeito de 'lavar' cerca de R$ 4 milhões de facção com 'rifas' online


12/01/2024 09h48 - Fonte: G1 Piauí

Foram apreendidos, entre outros bens, veículos de luxo como um carro Porsche e uma moto BMW. Ao todo, 11 pessoas foram presas, incluindo o influenciador Itallo Bruno Nunes e Silva e pessoas que seriam funcionários dele. Procurada, a defesa informou apenas que seu cliente prestará as informações necessárias à polícia

Onze pessoas foram presas pela Polícia Civil nesta quinta-feira (11), em Teresina, na “Operação Jogo Sujo”. As pessoas, incluindo o influenciador Itallo Bruno Nunes e Silva, são suspeitas de lavagem de dinheiro, organização criminosa e jogos de azar, cujas penas podem atingir até 18 anos de prisão. Eles estariam usando "rifas" online para dar aparente legalidade a dinheiro oriundo de crimes de facções criminosas.

Procurada, a defesa de Ítalo informou apenas que seu cliente prestará as informações necessárias à polícia.

Conforme a polícia, foram apreendidos, entre outros bens, veículos de luxo como um carro Porsche e uma moto BMW. A operação policial foi realizada por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática - DRCI em conjunto com a SOI/SSP-PI e os policiais cumpriram mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão domiciliar. 8 carros e 13 motocicletas foram apreendidos no total.

"O dinheiro era movimentado por uma pessoa do sistema prisional que é faccionada e que, possivelmente, o alvo da operação lavava dinheiro pra essa facção criminosa", declarou o delegado da Polícia Civil do Piauí, Matheus Zanatta.

O influenciador, segundo o delegado Alison Landim, foi o alvo de várias denúncias anônimas e a partir do qual a polícia identificou inconsistências em informações financeiras.

Por exemplo: o rapaz declarava renda de R$ 2 mil mensais, mas faturava R$ 2 milhões em poucos meses, valores divulgados pelo próprio influenciador nas redes sociais. Entre os bens exibidos estavam veículos e imóveis de luxo avaliados.

Ele utilizava, segundo o delegado, um site em nome dele, onde as pessoas faziam compra de "rifas" e depois fazia os supostos sorteios. A polícia, investigando os sorteios, verificou também inconsistências, como falta de transparência na divulgação dos resultados e bens que não estavam em nome dos supostos ganhadores.

Mudança de profissão

Ainda conforme o delegado, Itallo Bruno trabalhava como motoboy, quando há cerca de um ano e meio começou a promover as rifas em seu perfil. Com o novo negócio, o influenciador começou a ostentar uma vida de luxo nas redes sociais.