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Maranhão

Após matar namorada no MA, homem usou sangue da vítima para escrever na parede: ‘Mau da vagabunda é trair!’, diz polícia


10/07/2024 17h19 - Fonte: G1 MA

Jheinifer Machado, de 19 anos, foi morta a facadas na madrugada dessa terça-feira (9), na cidade de Porto Franco. O corpo da jovem foi encontrado com os braços e boca amarrados com arame

Após torturar e matar a namorada a facadas, o suspeito de ser o autor do crime de feminicídio, Paullo Mesquita, teria usado o sangue da vítima, Jheinifer Machado, de 19 anos, para escrever “recado” na parede, aponta investigação da Polícia Civil do Maranhão (PC-MA).

O crime aconteceu na madrugada dessa terça-feira (9), na cidade de Porto Franco, a 723 km de São Luís.

De acordo com o Instituto de Criminalística ( ICRIM ), o corpo da vítima foi encontrado com os braços e boca amarrados com arame e com várias perfurações, por volta das 11h, na residência onde Jheinifer morava com Paullo, no bairro Entroncamento.

Segundo a PC-MA, após o crime Paullo escreveu na parede o recado “‘mau’ da vagabunda é trair!”, usando o sangue da própria vítima.

Jheinifer Machado tinha 19 anos e foi assassinada a facadas; Paullo Mesquita é suspeito. — Foto: Reprodução/Redes sociais

Jheinifer Machado tinha 19 anos e foi assassinada a facadas; Paullo Mesquita é suspeito. — Foto: Reprodução/Redes sociais

As investigações apontam que, após ter assassinado Jheinifer, Paullo fugiu para a cidade de Marabá, no estado do Pará, onde foi preso pela polícia na madrugada desta quarta-feira (10). Ele foi encontrado em uma praça, escondido dentro de uma manilha (um tubo de concreto).

Após ser capturado, Paullo foi encaminhado para Imperatriz (MA) e está sob responsabilidade do poder judiciário.

Ainda de acordo com a polícia, ao ser capturado, Paullo confessou ter executado Jheinifer, alegando que a teria matado porque recebeu informações de que estaria sendo traído pela companheira.

A PC relatou que Paullo disse, em depoimento, que o crime aconteceu quando ele chegou em casa e encontrou Jheinifer conversando no celular com outra pessoa. Após isso, os dois iniciaram uma discussão e entraram em luta corporal.

 
 

O suspeito disse à polícia, ainda, que não lembra de detalhes do crime, apenas que teria cortado Jheinifer.

Com a morte da jovem, sobe para 32 o número de casos de feminicídios registrados no Maranhão apenas em 2024.

Antecedentes de violência

 

Jheinifer já havia passado por casos de violências anteriores. De acordo com a Polícia Civil, ela era assistida pela Rede de Proteção às mulheres vítimas de violência e já havia feito um pedido anterior de Medida Protetiva contra Paullo Mesquita.

 

Rede de proteção à mulher no MA

 

A Secretaria de Segurança Pública (SSP-MA), disse que atua em diversas frentes, visando à prevenção da violência contra mulheres no Maranhão e que o estado possui 22 Delegacias da Mulher (DEM) e um Plantão 24 horas como unidades especializadas da Polícia Civil para o atendimento à mulher em situação de violência.

Ainda de acordo com a SSP, a pasta atua implantando Núcleos de Atendimento à Mulher, prioritariamente nos municípios onde ainda não há Delegacia Especial da Mulher, a fim de que as vítimas tenham um espaço acolhedor e humanizado. O projeto segue em expansão.

O Maranhão também possui 22 Patrulhas Maria da Penha, com cobertura em mais de 80 municípios. O programa é coordenado pela Polícia Militar e atua em apoio a mulheres em situação de violência doméstica ou familiar e na fiscalização do cumprimento das medidas protetivas.

Além disso, o estado possui canais de denúncias, entre os quais:

 

  • aplicativo Salve Maria Maranhão
  • Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança Pública) - número 190
  • Disque-Denúncia Maranhão - número 181
  • Delegacia On-line