Programa de Encoleiramento Canino amplia atuação para 100% dos bairros de Caxias/MA

Pontapé inicial aconteceu na última sexta-feira (9), no bairro Baixinha, como parte da programação da Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose

O Programa de Encoleiramento Canino ampliou sua área de atuação de 24 para 43 bairros, atingindo assim 100% da zona urbana de Caxias. O pontapé inicial aconteceu na última sexta-feira (9), no bairro Baixinha, como parte da programação da Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose.

“Para a comunidade caxiense é um grande ganho, porque através desse trabalho de encoleiramento canino os índices de leishmaniose visceral, tanto em humano como no animal, vem caindo”, destaca Suzana Coelho, assistente técnica da Coordenação Municipal do Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral.

Maryanne Morais, supervisora do Núcleo de Educação em Saúde, Pesquisa e Epidemiologia (NESPE), explica que “os domicílios são visitados por agentes de combate às endemias, fazendo a abordagem ao morador e coletando material do cão para teste rápido de triagem para saber se o animal está positivo ou não para o calazar, o resultado sendo negativo o animal é encoleirado, mas caso dê positivo é coletada outra amostra para um teste confirmatório, que é chamado de ELISA, finalizando com o encoleiramento. Com seis meses acontece uma nova visita do agente para troca de coleira”.

“Quero dizer para o cidadão, a senhora dona de casa, que você precisa contribuir muito com o nosso trabalho. O seu animal conhece vocês da sua casa, mas nossos agentes não, então a tendência deles é estranharem os visitantes, e pra isso que vocês devem estar atentos para segurar o animal para que se faça a coleta sorológica e se coloque a coleira. Com isso, estaremos evitando que o mosquito transmissor, que está no seu quintal, faça de você ou o seu animal a próxima vítima”, alerta Natanael dos Reis, coordenador da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ).

Para a moradora Neuza Vieira, “uma ação muito boa para prevenir essa doença, além de que é o dono mesmo que deve assumir a responsabilidade dos seus cães. É mesmo que ser um menino que a gente cria”.

Sobre as coleiras

As coleiras são utilizadas em cães como ferramenta individual de controle da leishmaniose visceral, também conhecida como calazar. Em contato com a pele do animal, promove uma lenta liberação do princípio ativo (deltametrina 4%) repelindo a aproximação do vetor da doença. Esta ação interrompe o ciclo de transmissão do parasita, e consequentemente o risco de infectar outro animal ou ser humano.