Uma multidão foi à sede social do Nacional-URU para o velório de Juan Izquierdo nesta quinta-feira. O público formou uma longa fila e pôde dar o último adeus ao zagueiro uruguaio de 27 anos, morto na noite de terça. O caixão com o corpo do jogador foi posicionado no Salão Cristal Dante Iocco, acompanhado de uma foto do defensor e das bandeiras do clube e do Uruguai.
Izquierdo tinha 27 anos e não resistiu a um mal súbito durante jogo contra o São Paulo, pela Conmebol Libertadores, há uma semana. Ele faleceu em decorrência de morte encefálica após uma parada cardiorrespiratória associada à arritmia cardíaca.
Velório de Izquierdo na sede social do Nacional-URU — Foto: REUTERS/Mariana Greif
Velório de Izquierdo na sede social do Nacional-URU — Foto: Dante Fernandez / AFP
Velório de Izquierdo na sede social do Nacional-URU — Foto: REUTERS/Mariana Greif
Multidão à espera de entrada na sede do Nacional-URU em velório de Izquierdo — Foto: Dante Frenandez / AFP
O caixão com o corpo de Izquierdo chegou à sede social do Nacional de manhã, debaixo de uma bandeira do clube, e a família teve cerca de três horas de momento íntimo para se despedir do jogador. O público pôde participar do velório durante duas horas.
Cinco jogadores do São Paulo marcaram presença - o lateral Rafinha, os meias Wellington Rato, Galoppo e Michel Araújo, e o atacante Calleri -, além do vice-presidente do clube, Harry Massis.
- É um momento difícil, não tenho palavras. Queríamos estar aqui porque vivemos o que aconteceu no nosso estádio. Vir foi por parte de nós, ninguém nos pediu, viemos de coração, por nossa conta. Fizemos o que gostaríamos que fizessem com a gente. Aconteceu no nosso estádio e todos sentimos como se fosse da nossa família. Sei que é duro, mas desejo que (os familiares) tenham força - declarou Rafinha.
Caixão com corpo de Izquierdo sendo carregado após velório na sede social do Nacional-URU — Foto: REUTERS/Mariana Greif
Torcida do Nacional-URU em cortejo fúnebre após velório de Izquierdo na sede social do Nacional-URU — Foto: REUTERS/Mariana Greif
O governo do Uruguai cedeu uma aeronave da Força Aérea para o translado do corpo até Montevidéu, e o caixão chegou a solo uruguaio no início da madrugada desta quinta. Horas antes, outro avião trouxera familiares do jogador que estavam no Brasil acompanhando a situação.
Izquierdo teve uma arritmia cardíaca durante a partida São Paulo x Nacional-URU, no Morumbis, na quinta passada, e foi levado às pressas para o Hospital Israelita Albert Einstein. O jogador passou cinco dias internado na Unidade de Terapia Intensiva, dependente de respiração mecânica. No domingo, novos exames identificaram o agravamento do caso, com comprometimento cerebral e aumento da pressão intracraniana. O falecimento do atleta foi decretado dois dias depois.